Evento
Curso «Canção: Uma aliança entre música e palavra», com Carlos Tê
Detalhes do Evento
Festival literário Utopia Braga
Local: Espaço Vita (Sala P. António)
Duração: 4 horas (cada parte tem 2 horas)
Antes da canção ser cantada no palco, no chuveiro, tem que ser cantada em nós, algures no porão da alma. Não se escreve uma canção sem “ouvi-la” enquanto ideia, ainda que remota, até ela concluir o seu caminho. Não sabemos o que nasceu primeiro, se o canto ou a palavra, mas o que interessa é que ambos formaram uma aliança poderosa ao longo do tempo. É do lugar da palavra na canção que falaremos, mas também do carril musical que a hospeda, sem que seja muito importante perceber quem lidera o processo, a letra, a melodia, ou quem contamina quem durante o caminho. No fim, é sempre a voz que dá asas à canção, que será sempre, perante os nossos ouvidos, o que o canto fizer por ela.
Carlos Alberto Gomes Monteiro nasceu a 14 de Junho de 1955, no Porto. É licenciado em Filosofia pela UP. Colaborou em revistas de poesia (Avatar, Quebra-Noz, Pé-de-Cabra, editadas no Porto entre 1978 e 1981) e jornais (crónicas no caderno local do Público, de 1990 a 1994, cartaz do Expresso em 2005 e jornal O Jogo, de 2016 a 2020). Publicou dois romances (O Voo Melancólico do Melro e Arquibaldo), três contos (Contos Supranumerários), poemas (Penso Sujo, Cimo de Vila) e uma coletânea de letras de canções (A Invenção do Canto e outros versos). Participou em álbuns de Rui Veloso (Ar de Rock, Fora de Moda, Guardador de Margens, Os Vês pelos Bês, Mingos & Os Samurais, Auto da Pimenta, Lado Lunar, Avenidas, Espuma das Canções; Jafumega (jafumega); Clã (Luso qualquer coisa, Kazoo, Lustro, Rosa Carne, Cintura, Corrente); Cabeças no Ar (Cabeças no Ar); Canto Nono e José Mário Branco (Porto FM Stereo, espetáculo integrado no Porto 2001, Capital da Cultura) e Mônica Salmaso e José Pedro Gil (Estrada Branca). Para teatro, escreveu: Cabeças no Ar; Amor Solúvel; Missa do Galo; Um Fio de Jogo; Cânticos de Barbearia.